domingo, 24 de agosto de 2008

Encontro - debate obra poética de Aimé Cesáire



Uma das maiores vozes da luta contra o colonialismo, o poeta Aimé Césaire, será tema do encontro com a Prof.ª Doutora Lílian Preste, no dia 27/08 (quarta-feira), às 10h, na Sala dos Espelhos do Palácio Rio Branco (Praça Municipal). Com o tema “Dançando no Convés do Navio”, a pesquisadora francesa analisará a obra “Caderno de Um Retorno ao País Natal”, de Césaire, e fará comparações com as obras de três poetas românticos: Pierre Jean de Béranger, Heinrich Heine e Castro Alves. O encontro é promovido pela Fundação Pedro Calmon/Secult e integra a programação de preparação do Ano da França no Brasil, a ser realizado em 2009.
Doutora em Letras pela Universidade de Sorbonne (Paris), Lílian Preste de Almeida já traduziu e publicou diversos textos e livros sobre Aimé Césaire. É responsável também pela edição crítica do livro de Césaire Cahier d'un retour au pays natal (Caderno de Retorno ao País Natal) para a coleção Archivos. Na ocasião, a professora pretende fazer uma espécie de percurso comparativo de três poemas românticos e um contemporâneo, tendo como foco a “experiência traumatizante no navio negreiro”. Quanto ao Aimé Césaire, ela afirma que “é interessante notar como o poeta reescreve de maneira totalmente original uma dança sobre o convés de um navio negreiro”, ressalta. Entretanto, ainda não há uma tradução completa para o português do poema em que o autor descreve esta dança.
O Poeta – Nascido na ilha da Martinica, colônia francesa no Mar das Antilhas (América Central), Aimé Fernand David Césaire possui uma obra marcada pela defesa de suas raízes africanas. Pai do Movimento Negritude, manifestação política e literária criada nos anos 30 para combater o colonialismo e o racismo francês, Césaire definia-se como "fundamentalmente poeta, mas poeta comprometido" e "negro, negro, desde o fundo do céu imemorial". Possui vasta obra publicada nas áreas de teatro, ensaio e história. Faleceu aos 94 anos, em abril de 2008, e foi sepultado com honras de Estado, privilégio concedido até hoje na França apenas aos escritores Victor Hugo, Paul Valéry e Collette.
“Saudado de forma unânime por toda a classe política, Césaire é um poeta difícil de ‘digerir’, tanto no aspecto literário quanto no político. Apesar de pouco conhecido no Brasil, ele possui uma obra muito importante do ponto de vista político e ensaísta”, destaca a professora Lílian Preste.
Mais informações:
ASCOM Fundação Pedro Calmon: (71) 3116-6918 / 6676

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